Nascimento do meu "filho" LIVRO

Sempre gostei de escrever, fazia por hobby, para desabafar, em um momento meu comigo mesma. Até tinha passado pela minha cabeça a possibilidade de escrever um livro, mas imaginava que seria depois que eu tivesse muitos cabelos brancos e outra marcas do tempo profundas em mim. 

Só que um dia, meditando em uma praia nudista na Espanha, uma voz apareceu em meu ouvido dizendo para eu escrever um livro. Questionei: quem seria eu para escrever um livro? De quais assuntos falaria? 

Mas a orientação era clara: comece a escrever. Assim eu fiz. E me surpreendi com a fluidez com que as palavras surgiam. Eu contava sobre meus desafios e a voz falava comigo, me orientava, trazia sabedorias.

Era julho de 2023, escrevi páginas e páginas em um docs. 

Não pensava sobre o que iria escrever, apenas vivia uma situação e surgia a primeira frase, depois tudo ia desenrolando.

No meio do caminho tive dúvidas se era para compartilhar tamanha profundidade, pois estava me expondo, mostrando meus medos, minhas dores, meus julgamentos, toda minha humanidade estava ali.

Mas a voz me disse: “não é só para você, é para as pessoas. Confie.”

E aqui estou… quase dois anos depois com a cópia digital pronta para imprimir do livro…

Vou compartilhar um pouco mais sobre essa caminhada e estou aberta para escutar suas curiosidades. Entre em contato comigo por whatsapp quando quiser.

Depois de escrever páginas e páginas no final da minha viagem, cheguei ao Brasil e usei as manhãs para reler os textos. Colocava o celular no modo avião e mergulhava nas palavras. 

Havia erros de digitação, afinal, escrevi tudo pelo celular. 

Nesse momento, a Voz que falava comigo ainda estava muito presente, então ela trazia ensinamentos interessantes que eu acrescentava nos textos. 

Mas depois de uns dois meses os textos estavam prontos e a voz parou as orientações. A partir dali, eu teria que descobrir como publicar um livro.

Minha ideia era dar de presente essa criação no aniversário da minha avó que seria em novembro junto com o meu: 11/11/2023. 

Claro que me dei conta que aquela façanha não seria possível. Ainda sim, tinha vontade de que fosse algo rápido.

Conversei com várias pessoas do mundo editorial, algumas me deram promessas de publicação em 3 meses, outras me passaram o projeto focado no orçamento, mas não era bem aquilo que eu queria… 

Sentia que o livro precisava ser bem cuidado, ter tempo e espaço para ser gestado. Precisava de carinho.

Aí vem aquele toque do universo que coloca uma mulher escritora no retiro Florescer-se que eu facilitei na virada do ano de 2023 para 2024.

Já tinha fechado com um editor, mas depois de conhecer a Ida Mara, segui o coração e cancelei com ele em janeiro de 2024.

Fiz uma mentoria com ela que orientou sobre os caminhos que eu precisava seguir e indicou os profissionais que poderiam me ajudar.

Ela fez também a leitura crítica do livro, uma das partes do processo de edição que eu nem sabia que existia.

Os textos estavam soltos, eu precisava encontrar qual era a linha que conectava todos eles.

Tentei fazer isso racionalmente. 

Separei os temas em comum: liberdade, confiança, contemplação… 

junto com isso, havia as histórias, sendo que algumas tinham uma ordem cronológica, outras não.

A conexão só surgiu quando eu parei e pedi a orientação divina.

Para isso resolvi ir para a Bahia, aproveitando para fugir do inverno de Floripa em junho de 2024. A coragem para ir de carro sozinha surgiu depois de ler o livro Mil Milhas da Tamara Klink. 

Como os livros nos inspiram, né?!

Me hospedei numa casinha no meio do mato em Itacaré, indicada pela minha amiga Yara, e mergulhei no livro. As chuvas frequentes ajudaram a viver uma introspecção e conexão.

Ali o livro ganhou corpo! 

E segui para o próximo passo: enviar uma cópia para 4 leitoras beta que iriam ler e expressar suas opniões pessoais e percepções da leitura.

Me deu um friozinho na barriga neste momento. Estava expondo algo tão profundo e íntimo do meu ser ali naquelas palavras… mas foi um passo importante. 

Confiava que a voz me dizia que o livro não era para mim, era para as pessoas. 

Enquanto aguardava a leitura Beta...

Enquanto aguardava o retorno das leitoras Beta, entrei em contato com a Aline que faria a diagramação. Ela sugeriu criar a capa e um esboço de como seria o formato da diagramação para depois que o texto estivesse pronto seguir o processo com mais agilidade.

Fizemos uma reunião on-line, onde contei sobre o livro e que queria transmitir nele. Compartilhei que tinha visualizado a imagem da capa em uma das minhas meditações

Foi desafio expressar em imagens algo que surgia de um imaginário amplo. 

Visualizava um sol com raios expandindo sua luz, mas que desse um duplo sentido, que a gente pudesse olhar de perto e de longe. 

Que mostrasse a conexão fora e dentro.

Ela conseguiu traduzir parte do que eu queria, mas não era bem aquilo. Trocamos muitas mensagens de áudio. E agradeço, de todo coração, a paciência e a generosidade da Aline. 

Era tudo muito novo para mim, me sentia insegura algumas vezes. 

Mudei o título umas 4 vezes. Até que ela me deu o cheque mate e disse que eu precisava me decidir. 

Ok, bati o martelo, o nome era Ser em Si.

No meio disso muitas viagens aconteceram da Viagem em Presença… fui para Alter do Chão, Chapada dos Veadeiros, Retiro em Floripa, Retiro na Colômbia, Jalapão.

Minha vida pessoal virou de ponta cabeça, tive que entregar a casa em que vivia em Florianópolis. Decidi virar nômade e minha nova parada seria em Salvador. 

Entre Viagens e Revisões...

No meio disso muitas experiências da Viagem em Presença aconteceram, tive que organizar meu tempo para fazer as revisões entre uma viagem e outra. Ainda fiz uma mudança de casa…

Depois que as leitoras beta deram seu parecer, revisei os textos e fui fazendo adaptações de acordo com as sugestões. 

O próximo desafio era enviar o arquivo a tempo para a Ângela fazer a revisão ortográfica e trabalhar o texto, já que ela também tinha sua agenda pessoal.

Ela me entregou o arquivo com as sugestões de mudança ortográfica e apontava onde o texto não estava claro, para que eu pudesse aprimorar o reescrever algumas frases. 

Era preciso revisar pela sexta/sétima/oitava vez, cuidando dos detalhes. 

Fiz isso nos 15 dias que tive entre a Viagem em Presença do Jalapão e a do México em outubro de 2024.

Ainda bem que era algo prazeroso para mim, mesmo que passasse horas lendo, não cansava. Pelo contrário, sentia arrepios, tinha insights e ainda meu coração se acalmava a cada nova leitura. 

Esse processo me permitiu apropriar mais e mais da obra, da sabedoria expressa pela voz e da riqueza da minha humanidade.  

Também foi importante ouvir o feedback da Ângela que acompanha tantos livros, dizendo que ela ficou tocada pelo livro e que conectou com seu momento de vida.

Ainda lá na Cidade do México tinha que fazer outros ajustes, encontrei uma Lan House (ainda existe) e em uma manhã resolvi tudo.

Mas não parou por aí, a previsão era ter a capa finalizada junto com o texto revisado…

Como seria a CAPA do livro?

Tinha algo naquela capa que não estava alinhado com o que o livro pedia. Nos aeroportos, por onde eu passava, parava nas livrarias para observar as capas e tentava visualizar meu livro sendo vendido ali, mas parece que ainda não era aquela capa que eu via.

Antes de ir para o México, em outubro de 2024, estava buscando imagens que pudessem se encaixar na capa, fotos, pinturas, aquarelas… mas nada se encaixava.

Inclusive, conheci um cara no voo que era fotógrafo por hobby e me ajudou a encontrar uma foto que estivesse alinhada com o que eu buscava. Quase deu certo, mas ainda não era aquela foto. 

Estava querendo encontrar respostas e resolver a situação dentro do prazo, mas resolvi soltar todas as ideias durante a viagem e vivi a experiência. Me joguei no vazio, já não pensava no livro. 

Confiei que o que quisesse nascer, iria nascer. Vivi experiências fortíssimas de conexão com a ancestralidade, com o feminino e, principalmente, senti que tenho asas imensas que amam alçar voos e ainda levar outras mulheres comigo. 

Está na hora de alçar esse voo mais alto. 

Ali abri um novo espaço interno, onde já não havia mais medo do que as pessoas pensariam do meu livro, se iriam criticar a capa ou o que eu escrevi, apenas sentia confiança de que estava a serviço da vida.

Compreendi que o livro tem vida própria…

Compreendi que o livro tem vida própria quando estava meditando e surgiu uma nova imagem para a capa, que a princípio tinha a forma de um espelho que ecoava. Era uma imagem de infinito, ao mesmo tempo era uma gota, que se transformava em infinito. A gota contém o universo em si. Assim somos.

O livro chamava Ser em Si, mas no voo para Manaus, indo para a Viagem em Presença da Amazônia, surgiu um novo nome. Não era mais aquele que eu tinha batido o martelo.

Disse o nome para a Ângela e ela adorou. Falei para a Aline, designer. Confesso que estava com receio dela não gostar que eu estava alterando o nome de novo, mas ela recebeu com abertura e gostou da proposta. 

“Viver-se

Uma viagem de autodescobertas”

Agora sim, com o novo nome, os caminhos da capa foram se abrindo. Cogitei a possibilidade de criar uma arte exclusiva, fiz algumas cotações mas já não tínhamos tempo. Aí a Aline encontrou uma arte da Gabriela Lombardi que era a cara do que precisávamos. Me identifiquei, e finalmente concluímos a capa no início de dezembro de 2024.

No cronograma a diagramação estaria pronta no meio de dezembro para que eu pudesse revisar durante as férias da Aline. Mas entre tantos imprevistos, o arquivo PDF com o texto diagramado ficou pronto durante a Viagem em Presença do Atacama, final de janeiro de 2025. 

Nem quis abrir o arquivo para não gerar ansiedade ou pensamentos naquele momento que estava entregue com as mulheres.

Ao chegar em Florianópolis, pude apreciar aquela obra. Confesso que assustei com o número de páginas, não imaginava que ficaria tão grande. 

Revisei o texto na semana seguinte ao meu retorno, mais uma leitura encontrando ainda pontos a serem modificados. Naquele momento com mais gostinho de livro já que estava no formato que seria impresso no papel.

Nesse meio tempo cuidamos de outros detalhes…

Detalhes finais...

Tinha que escrever uma mini bio, um texto falando sobre mim, texto para orelha, fundo do livro, texto para o QR code que colocamos e para o mapinha. Detalhes que são importantes e ficaram para o final.

Alguns textos nasciam do nada, em momentos de inspiração, às vezes era quando eu estava quase pegando no sono, ou durante o banho, não tinha uma regra. 

Ainda sim, eles sofreram alteração até a última revisão.

Como eu conto histórias que aconteceram em uma viagem, surgiu a ideia de ter um mapa cartográfico ilustrativo. Gostei da proposta, mas não sabia bem como colocar em prática. 

Passei uns dias, em janeiro de 2025, na casa dos meus pais, no interior de São Paulo. 

Fui ao escritório do meu irmão que é arquiteto, peguei uma folha vegetal e coloquei na tela do notebook para copiar a imagem do mapa da Espanha. 

Fiz os traços do mapa e depois teria que colocar algumas imagens de desenhos representativos, a ideia era fazer a mão.

Naquela noite, a Manuela, minha sobrinha e afilhada que recém tinha feito 8 anos, estava junto comigo e pedi sua ajuda para criar os desenhos. Ela me surpreendeu. Fez todos os desenhos que ficaram fofos. Decidi que colocaria aqueles no livro. A designer também gostou.

Isso foi um dia antes de eu ir ao Atacama. Na volta, tive que passar o desenho do lápis para a caneta e tirar a foto de forma que não tivesse sombra. Colei o desenho na parede com esparadrapo e fiz várias fotos até que encontrasse uma menos tremida para mandar à designer.

Mais um passo dado, ufa…

Prefácio...

Com o livro praticamente pronto, surgiu a ideia de ter um prefácio escrito por outra pessoa. Acionei uma das mulheres que tinha sido leitora beta e que viveu experiências profundas comigo na Viagem em Presença para que pudesse escrever esse texto.

Ela tinha uma semana de prazo, o que eu sabia que era bem curto, mas confiamos que se ela não conseguisse fazer, o livro seguiria sem o prefácio mesmo.

Num domingo, recebi o texto dela e me emocionei com suas palavras e seu amor. Sei que foi um grande desafio para ela dar vazão a estas palavras em meio a momentos pessoais desafiadores mas confio nos fluxos. 

Para mim, escrever tem o poder de acalmar e transmutar.

Dias depois recebi o PDF do livro, achando que o arquivo estava pronto, toda emocionada, só que não. Ainda faltavam algumas revisões minha e da ortografia. Passou por mim, pela Ângela, por mim de novo e pela Aline.

Mas com o arquivo semi pronto já dava para pedir a cotação na gráfica para o Grand Finale. Assim o fiz.

Nesse momento o coração bateu mais forte, é real! Estou quase parindo.

Paralelo à criação do livro tinha que organizar o lançamento dele…

O Lançamento do Livro...

Paralelo à criação do livro tinha que organizar o lançamento dele…

Para isso tive ajuda de outra anja, a Ângela Salles, que foi comigo para a Viagem em Presença da Amazônia e abraçou a ideia de me apoiar nos eventos relacionados ao lançamento do livro. 

Encontramos o local, definimos data e olhamos para vários detalhes, entre eles um marca página e um cartão postal.

Para esse processo criativo, troquei alguns áudios com a Aline e nossas ideias estavam alinhadas. Usamos um trecho de um texto poético que tinha escrito sobre o Viver-se em um dia de inspiração e nem sabia onde colocaria, ali estava ele.

Ainda estou sem o material para divulgação da data e detalhes, mas logo terei.

Enquanto isso guarde as datas:

• 19/03/2025 às 19h na Letraria do Multi Open Shopping em Florianópolis

• 21/03/2025 às 19h, Lançamento Vivencial só para mulheres no Espaço Açucena de Cura em Florianópolis (vaga limitadas)

• 12/04/2025 às 10h na Tulipa, em São José do Rio Pardo-SP.

Assim seguimos!